quarta-feira, 13 de abril de 2011

Classe C também compra brinquedos!


O crescimento da renda dos emergentes ajudou a indústria de brinquedos a faturar R$ 3,117 bilhões no ano passado, um crescimento de 15% em relação a 2009. Mas, para o presidente da Estrela e diretor da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Carlos Tilkian, ainda que o cenário econômico para os consumidores tivesse sido ruim, haveria alta. “O mercado de brinquedos não cai”, afirma.

De fato, em 2009, quando os consumidores estavam mais cautelosos, devido aos impactos da crise na econômica mundial, o setor faturou R$ 2,710 bilhões, uma alta de 8%. Somente a produção nacional cresceu quase 50% naquele ano e somou R$ 1,441 bilhão. Em 2008, ano do início das turbulências financeiras nos Estados Unidos, a indústria de brinquedos cresceu mais de 12% no Brasil e faturou R$ 2,510 bilhões.

Para este ano, o setor espera um crescimento de 15%, com faturamento de R$ 3,585 bilhões, sendo R$ 1,917 bilhão em produção nacional e R$ 1,613 bilhão em importações. E os consumidores da classe C, mais uma vez, terão grande parcela de participação nesse desempenho. “Não temos números que mostrem isso, mas sabemos que, até em função de serem em maior número, os consumidores da classe C são nosso principal mercado”, afirma Tilkian.

De acordo com o Ibope, hoje, a nova classe média representa 50% da população e tem uma massa de renda para o consumo que ultrapassa os R$ 600 bilhões.

Comportamento do consumidor
O crescimento da indústria de brinquedos em qualquer cenário se explica pelo próprio comportamento dos brasileiros. Em tempos de crise, eles cortam grandes gastos e aqueles que consideram supérfluos. E os brinquedos não entram na lista, na avaliação de Tilkian. “Para o brasileiro, o brinquedo não é um item supérfluo. Ele é reconhecido como um instrumento de entretenimento importante, com papel fundamental no desenvolvimento da criança”. E os pais sabem disso.

Tanto é que justamente em tempos de crise, quando há sobra de dinheiro no orçamento, eles compram mais esse tipo de produto. “Não é que existe uma troca entre o eletrodoméstico que esse consumidor deixou de comprar pelo brinquedo. Mas à medida que a família tem mais renda sobrando, aliada a essa cultura de dar o brinquedo para a criança, ela compra”, afirma Tilkian. E esse comportamento, explica, independe da renda dos consumidores.

A diferença que separa os consumidores mais abonados dos emergentes e aqueles com renda menor é o tipo de produto. Quanto maior a renda, maior a sofisticação dos brinquedos. “Ainda assim, a indústria tenta acompanhar o crescimento da criança em termos de tecnologia, independente das faixa de renda”, afirma o executivo. Dessa forma, é possível encontrar de brinquedos eletrônicos mais simples aos mais tecnológicos e, por consequência, mais caros.
Fonte: InfoMoney
 

My Blog List

Term of Use

Bala de Goma Copyright © 2009 Flower Garden is Designed by Ipietoon for Tadpole's Notez Flower Image by Dapino